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O conceito de inteligência emocional foi popularizado por Daniel Goleman na década de 1990. Hoje, compreendemos a inteligência emocional como a capacidade de identificar e de lidar com os sentimentos que experimentamos ao longo de nossa vida, bem como a habilidade de identificar as emoções daqueles que nos cercam.
Uma criança que constrói sua inteligência emocional com a ajuda dos pais, alcança inúmeros benefícios e vantagens, como maior autoestima, capacidade de comunicação, resiliência e autonomia. Mas como ajudar seu filho a ser emocionalmente inteligente?
No artigo de hoje, listamos sete dicas para ajudar você, papai e mamãe, nessa tarefa de desenvolver a inteligência emocional em crianças com facilidade. Confira!
1. Comece com mais ação e menos fala
Não é novidade nenhuma que, nos primeiros anos de vida, as crianças espelham o comportamento dos pais. Você será o primeiro grande professor de seu filho, tenha certeza disso, mas não necessariamente por meio das palavras. Suas ações representarão um modelo de conduta a ser seguido.
Assim, o melhor que você pode fazer nos três primeiros anos de vida é dar o exemplo. É fundamental estar aberto a falar sobre os sentimentos, tratar os outros com gentileza e tomar atitudes como ouvir seu filho quando ele quiser contar algo e estar presente, apoiando-o em momentos de dúvida.
2. Incentive a comunicação das emoções
Outro quesito importante é ser capaz de comunicar emoções e sentimentos, de externalizar o que se está sentindo em vez de guardar tudo para si. O que distingue uma pessoa emocionalmente inteligente é justamente essa capacidade de falar sobre os próprios sentimentos e resolvê-los em vez de suprimi-los ou ignorá-los.
Então, desde cedo, incentive seu filho a falar sobre suas emoções boas e ruins, positivas e negativas. Mostre a ele que entre vocês há um espaço seguro para que ele possa falar sem medo, para que possa se expressar sobre o que está vivendo em seu dia a dia, suas conquistas e desafios.
Geralmente, criamos uma aversão a sentimentos que julgamos negativos, como tristeza e decepção, porém é essencial que a criança compreenda que eles fazem parte da vida de qualquer pessoa. Todos nós os experimentamos. Se isso não ficar claro, seu filho pode crescer com o ímpeto de suprimir tais sensações, tornando-se, no futuro, refém delas.
3. Permita que seu filho se expresse por meio das artes e dos esportes
Um veículo cujo potencial é enorme para propiciar o aprendizado das emoções é a arte. Estamos falando aqui de suas mais variadas formas: dança; teatro; música; pintura; colagem etc. Essas atividades são grandes facilitadores da expressão dos sentimentos e da descoberta do mundo.
Tais interações são essenciais para que filho se descubra enquanto indivíduo e desenvolva suas relações interpessoais. Tal processo se converte em aprendizado e ajuda a construir a inteligência emocional.
Os esportes também funcionam como grandes oportunidades para solidificar habilidades comunicativas dentro de um grupo ou espaço coletivo.
4. Trabalhe a resiliência a frustrações
Em verdade, incentivar seu filho a participar de esportes e atividades de grupo já uma forma de trabalhar sua resiliência e deixar que ele aprenda a enxergar o mundo como ele é. Todos os pais têm o ímpeto de lutar as batalhas em lugar de seus pequenos, para poupá-los o máximo possível de decepções cotidianas.
Mas o fato é que essas decepções e a capacidade de superá-las são justamente os tijolos que constroem a capacidade de ser resiliente perante frustrações. Portanto, dê todo o apoio, mas não tente resolver os problemas de seu filho por ele, permita que ele se torne uma pessoa engajada nas próprias questões e protagonista da própria vida.
Atividades de grupo, como alguns esportes, são ótimos catalisadores nesse sentido, já que proporcionam um espaço seguro para a vivência coletiva e o aprendizado.
5. Ajude-o a identificar as emoções
Outra frente em que os pais podem auxiliar é na identificação das emoções. Atividades lúdicas podem ser feitas com as crianças a fim de que elas aprendam a identificar expressões faciais de alegria, ansiedade, cumplicidade, medo, raiva, tristeza etc.
É possível, por exemplo, mostrar diferentes figuras de expressões faciais para que seu filho aprenda a identificar os sentimentos do outro. Ou, ainda, elaborar uma lista de emoções e pedir para que ele as encene.
6. Respeite as emoções
Tão importante quanto identificar as emoções é saber respeitá-las. Grande parte desse aprendizado, contudo, virá de seu exemplo como pai, como mãe. Incentive seu filho a lidar com o que está sentindo de forma autêntica, sem “fingir” um sentimento positivo em momentos nos quais está sentido o oposto.
A convivência social nos ensina, ao longo da vida, a demonstrar somente nosso lado alegre, feliz, bem-sucedido etc., como se o fracasso, a dúvida, os momentos de autoquestionamento não fossem normais ou dignos de nota. Essa pressão por perfeição aumenta com as redes sociais, em que há uma banalização da falsificação da felicidade.
Não caia nesse conto do vigário, e não permita que seus filhos o façam.
Dúvidas, tropeços e fracassos são os degraus de todo aprendizado. Mostre a seu filho que não há nada de anormal neles, o necessário é sempre buscar se aprimorar.
7. Para o desenvolvimento da inteligência emocional em crianças, estimule a empatia
Um dos principais pilares da inteligência emocional é a empatia. Empatia é a capacidade de compreender a dor do outro, de se colocar em seu lugar. Mas como ensinar empatia às crianças, se os primeiros anos de vida são notadamente autocentrados?
Bem, uma forma de estimular o desenvolvimento da empatia é propiciar uma troca de experiências. Você pode fazer isso em casa, com seu filho e familiares, e também sugerir à escola que promova uma atividade similar entre seus alunos. Certamente, essa dinâmica facilitará o desenvolvimento da capacidade empática, tão necessária à vida adulta.
Como você pôde perceber, a inteligência emocional em crianças não é algo que brotará naturalmente se não for devidamente estimulada e ensinada pelo exemplo. Pelo contrário, ela é construída aos poucos, desde os primeiros anos de vida, com o auxílio e exemplo dos pais.
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